A importância da brincadeira

Brincar é fundamental – até na idade adulta!

Através da brincadeira, a criança aprende e desenvolve competências. Já não é tema novo auqi no blogue, até porque vos trouxe alguns artigos relacionados com o método Montessori (aqui e aqui) e sobre o tempo que devemos dedicar a este tipo de atividades. Brincar é o que mais estimula o desenvolvimento emocional das crianças. 😉

Brinquedos em madeira da marca portuguesa iupii

A brincadeira permite-nos, de uma forma muitas vezes subtil, ensinar conceitos, desde os mais básicos aos mais complexos, explorar sentimentos, trabalhar a partilha, etc. Pela brincadeira, podemos trazer a vida real – tarefas quotidianas – para as crianças explorarem, assim como a perceção que têm do que é a realidade.

Algo que me custa imenso ver é a minha filha mais velha a ralhar mais insistentemente com os bonecos (ou com seres imaginários, algo constante nesta idade), ou a dizer que vai trabalhar e que está muito ocupada. Custa-me, por ser reflexo da minha realidade: agora que trabalho em casa, não há distinção clara do que é o tempo doméstico o tempo laboral (há a rotina, o horário, mas o espaço é o mesmo). Elas andam mais nos nossos horários, acelerados para o tempo delas, e com mais nervosismo e ansiedade do que deveria ser. E eu sei que ambas me pedem atenção durante o dia e eu, quando posso, paro uns 15 minutos para brincar ou lhes dar atenção, mas depois tenho que ir trabalhar. Isto marca-as. E elas exteriorizam isso.

Ter tempo para brincar mais do que uns minutos é, infelizmente, um luxo atualmente e acaba por ser, para as crianças, a concretização do tempo de qualidade, da disponibilidade dos pais e de que estes lhes dão atenção e se preocupam com eles. Para nós, são oportunidades ótimas para analisarmos as capacidades e interesses das nossas crianças e como podemos moldar e agir como catalizador do estímulo.

Por isso, vos digo que devemos ver as brincadeiras dos nossos filhos com olhar muito atento e apurado, para deslindrar as ações que possam representar. Sabemos que são, mais frequentemente, fantasiadas; mas debaixo do véu da fantasia, vem a perceção do que é real.

Dêem-lhes espaço: se a brincadeira for um espaço livre de muitas regras e barreiras, a criança vai poder demonstrar mais amplamente e genuinamente o que lhe traz maior felicidade ou maior angústica, preocupação. Deve haver espaço para tudo: algumas brincadeiras mais regradas – eu faço isto, e depois tu fazes aquilo; ou o objetivo é um e nós encaminhamos, para que aprenda a segui-lo – e outras mais livres. Não precisamos de imensas variáveis nem de tempos muito longos para isto. Às vezes, o “lucro” está em simplificar. 🙂 Na verdade, ter momentos mais mortos, de baixa atividade e até de algum aborrecimento é importante, para fazer o contraponto: é com esse equilíbrio que se percebe a diferença entre a atividade de alto estímulo e o estar parado, não fazer nada. Há tempo para tudo. 🙂

Com este novo confinamento por causa da Covid-19, há várias escolas que enviam ideias aos pais, de atividades para fazer. No fundo, seriam semelhantes ao que fariam na escola, embora o contexto da casa e da escola não sejam exatamente o mesmo. Para além desta ajuda – ou caso vocês não a tenham – procurem na internet ou visitem o Pinterest para tirarem ideias simples para várias idades. Quem é amiga, quem é? 😉

Espero que tenham gostado deste artigo. Se gostaram, por favor partilhem para que os vossos amigos também o leiam 😉 Obrigada

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