Quem já passou por uma gravidez pode contar a sua experiência às amigas grávidas, e sem lhes dourar muito a pílula. Ou seja, contamos o que é bom e o que é mais difícil – porque sim, cada experiência é diferente, mas cada uma tem algo que vale a pena partilhar para melhor prepararmos as amigas.
Vamos começar.
- As rotinas de hidratação do corpo e cabelo: Durante a gravidez é importante passarem creme hidratante (ou creme gordo) não só na barriga como no resto do corpo Danone, ok? Passem bem na anca, no rabo, nas mamas, em todo o lado. Escolham um de que gostem e que funcionem convosco – eu fujo a sete pés do Barral, mas adoro o Nivea Soft e o Soft & Co. Já o vosso cabelo pode mudar de estrutura ou cair, especialmente durante a amamentação mas é natural que aconteça. O meu caiu pouco, mas engrossou imenso e passou de liso / ondeado para praticamente encaracolado e sem governo. Por isso, preparem-se para tudo; não é o apocalipse, mas não sofram por antecipação em nenhum dos casos e reajam quando o vosso cabelo vos der sinais.
- Sejam práticas e descompliquem: Mochila às costas é do mais prático que há para saírem com os miúdos. Não precisa de ser uma mochila toda XPTO, mas arranjem uma espaçosa, onde caibam os básicos para a criança. Além disso, o rebento não precisa de ê champôs e 15 cremes, OK? Na verdade, nos primeiros dias nem sequer sabonete se usa, praticamente, e champô só mais para a frente (depende se a criança é cabeluda ou não).
- Comam fibras! Sim, comam fibras – e o resto que vos apetecer – mas este aviso é porque hemorróidas e prisão de ventre na gravidez não é nada fofo. Posso dizer-vos que me custou mais passar isso do que os pontos da episiotomia, ok? Assim, ajuda se até ao parto tiverem uma alimentação com um olhinho extra nas fibras. Se precisam de mais motivos, quando forem para o hospital em trabalho de parto é provável que vos perguntem quando é que a vossa tripinha funcionou pela última vez e como correu, e se for mais do que “ontem” é quase certo que vos dão um clister. Nada agradável, pois não? Pronto, made my point.
- Comprem online. Sejam mercearias, roupas ou cremes, vale a pena verem quais as lojas online que mais vos compensam, pelo menos para experimentarem os serviços. Com um bebé por casa, nem sempre é fácil irmos às lojas e os centros comerciais não são os sítios mais adequados para recém-nascidos. Não quer dizer que não vão lá, mas não é o melhor sítio – cheio de gente e com ar condicionado sempre “on”, acreditem que há sítios melhores. Ah, e não se esqueçam de criar listas de nascimento, vale?
- O pós-parto é muitas vezes bem pior do que a gravidez. E aqui nem me refiro só à parte física da coisa. Agora que vou entrar num segundo pós-parto estou com uma bagagem diferente e posso dizer-vos que não tenho ansiedade nenhuma em passar pela mesma experiência. Assim, filtrem bem o que vos dizem (inclusivamente se vier dos vossos familiares) e tentem ouvir o que o vosso corpo vos disser. Os comentários podem ser bem intencionados, mas já dizia o outro que de boas intenções está o inferno cheio. Por isso, quando vos disserem que o vosso leite é isto ou aquilo, ou vos censurarem porque não amamentam ou que estão a dar demasiado colo – no fundo, o que quer que vos digam que não aporte valor -, das duas uma: ou fazem o “smile and wave” dos Pinguins do Madagáscar enquanto mentalmente mandam essa pessoa ao raio que o parta, ou então respondem que pegue no conselhinho e que o meta onde o sol não brilha. Depende se querem ou não alongar a conversa. O pós-parto pode ser duro fisicamente, podem não conseguir comer decentemente, tomar banho, descansar – quanto mais fazer tarefas adultas de casa – e além disso pode ser solitário. Sabe Deus quantas vezes eu quis trocar com o meu marido e ir eu trabalhar enquanto ficaria ele em casa. Se vos apetecer chorar, chorem. Não é vergonha nenhuma e mais vale isso do que entrarem mesmo numa depressão pós-parto. Pois.
- Babywearing é top. Se nunca ouviram falar disto, o melhor exemplo que vos posso dar são as mulheres que carregam os miúdos às costas nas duas capulanas em países africanos. Mas não é algo estranho. De todo! Aliás, é bastante comum em países nórdicos, em que andar de carrinho ao frio não é muito adequado. Antes de mais, juntem-se ao grupo Babywearing Portugal, onde encontrarão imensa gente disposta a ajudar e tirar dúvidas. Há lá pessoal como eu, que carrega os bebés de forma mais esporádica, e há consultoras especializadas. Vejam, experimentem, peçam opiniões, e vão ver que vos vai ajudar. Cá em casa, usámos o sling de argolas no início e depois passámos para o pano (não elástico) e mochila. Ambos carregamos a pequena e a próxima vai pelo mesmo caminho. Além disso, é um kit mãos livres quando vão a qualquer lado 🤣
- Vocês é que decidem quando é que passam os vossos rebentos para a cama deles ou para o quarto deles. É fácil, esta. Vocês é que sabem. Para tudo, bom senso. A nossa pipoca passou para a cama de grades aos 2 meses, mais coisa, menos coisa. Dormia a noite inteira, e nós já não aguentavamos ter a alcofa na nossa cama. Para o quarto dela passou mais tarde, porque tínhamos a casa em obras e o quarto dela serviu de arrumos durante meses durante esse processo! Mas mal. O libertamos, lá foi ela. Com sorte, a próxima é igual – até se fazem companhia uma à outra (preocupa-nos mais que a mais nova venha acordar a mais velha do que propriamente passar a mais nova para o quarto delas).
Há muito mais coisas que podemos partilhar (congelem comida, gente, e comprem uns “polvinhos” das meias para secarem a roupa dos pequenos!) mas para já fico por aqui.
Têm alguma dica de ouro que gostassem de acrescentar? 🙂
Quando for grande, quero ser como tu! *orgulho* ❤
E – need the #2 baby list.
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Está na Well’s, como de costume 😀 mas se precisares de mais info detalhada, diz e envio-te 😉 ❤
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