Mamã, dá licença?

Esta semana levei a Pipoca mais nova ao pediatra para a consulta dos 12 meses.

Genericamente está tudo bem, exceto no desenvolvimento da motricidade da pequena. Quando iniciou o confinamento, ela estava cheia de vontade de começar a gatinhar. Entretanto, já em casa, começou a pôr-se pronta para isso e aí ficou. Por mais que a tentássemos motivar, pondo brinquedos longe ou chamando-a, ela simplesmente não mostrava interesse em avançar para gatinhar. Rebolava para os lados, mas nada mais.

Começámos também a exercitar a Pipoca para que fosse rumo aos primeiros passos. Aqui vimos um problema maior: ela deixou de manifestar qualquer interesse em pôr-se de pé (deixou de fazer o movimento para ser levantada quando lhe agarrávamos as mãos) e, quando em pé, começou a esticar sempre as pernas com imensa força, perdendo a posição ereta.

Isto mantém-se até agora, altura em que fomos ao pediatra e ele se mostrou preocupado. Como ela não flete as pernas quando em pé, nem apoia bem os pés no chão por causa disso, pode haver algum indício de problemas físicos, para além do atraso que já reportámos no desenvolvimento motor. Junta-se a isto o facto dela ser gorduchita (não é obesa, nem gorda, mas o peso dela não é para aumentar com risco de dificultar a aprendizagem do andar) e preguiçosa. Tem 3 pessoas em casa que lhe chegam tudo; quando não chegam, ela foca noutra coisa. Por ela, está tudo na tranquilidade.

Assim o pediatra pediu-nos para insistirmos imenso com ela para que ela esteja em pé e tente dar uma mobilidade mais natural às pernas, sendo que, nos próximos dois meses, devemos ter um desenvolvimento muito significativo. Caso contrário, é provável que exista algum problema e será avaliado o que fazer, se se confirmar.

Mas vamos um dia de cada vez. Para já, e como vos disse no post de ontem, temos que saber admitir quando não somos suficientes. Falámos com a educadora da minha filha e ela disse ia insistir com ela – acreditamos que ter motivações diferentes e outra atenção já vai ajudar a desbloquear: em suma, a minha filha vai andar no único “ginásio” aberto em Portugal 😅 Combinámos que, durante o dia, iriam ser vários os exercícios para o andar e para gatinhar, assim como de incentivo à curiosidade do que está num plano superior ao dela. É ótimo ter uma equipa assim com quem contar, e foi um dos fatores que tivemos em conta para a levar de volta ao infantário nesta altura. Há poucas crianças no infantário, o que se traduz em mais tempo disponível para cada uma delas.

Com isto, voltámos à saga dos sapatos para pé de princesa que tivemos com a irmã. Ela tem usado os únicos sapatos que na altura encontrámos para a irmã que seriam minimamente adequados para os primeiros passos, mas a irmã usou-os durante algum tempo, por isso ela precisa de novos. E tendo ela esta dificuldade em pôr o pé correctamente no chão, ainda mais imperativo é ser um sapato com uma boa sola de borracha. Encontrámos uns da Beppi, que já encomendei, e vamos ver como são quando chegarem. Também encontrei, num site espanhol chamado Zacaris, alguns da Chicco no tamanho dela (17) para primeiros passos. As marcas como a Chicco e a Geox, que são as nossas primeiras opções, já não produzem estes números para primeiros passos, por isso é um achado encontrar um par novo à venda. Se os da Beppi não ficarem bem, mandamos vir deste site.

Cruzem os dedos para que isto seja mesmo uma questão de preguiça e falta de exercício. 🙏

Fora isso, ontem o regresso ao infantário correu super bem, apesar da estranheza à chegada, com as máscaras e afins. Ao fim do dia, a mais velha não queria vir para casa e a mais nova estava cansadita 😉 vamos indo, um dia de cada vez ☀

 

Foto: Unsplash