Escolher o brinquedo ideal é uma das preocupações dos pais e de quem quer dar uma boa prenda a uma criança.
Desde que tive a minha primeira filha que comecei a ter mais facilidade em escolher brinquedos, porque vou conhecendo as etapas do desenvolvimento das crianças. Mas até então era muito na base do achómetro. (Quem nunca? 😂)
Já em casa, aprendi facilmente que um brinquedo é aquilo com que se brinca, e que quase qualquer objeto pode ser um brinquedo interessante. Há que deixar a criança explorar os objetos e perceber que sentidos e significados ela lhes dá. É quase como os gatos com as caixas. Não nos passou pela cabeça brincar com a caixa até vermos o gato feliz da vida a brincar com ela.
É importante haver variedade na oferta para estímulos diferentes. Há brinquedos – e aqui falamos quer dos inventados por nós em casa, quer dos comprados – para estimular a fantasia, para treinar a coordenação motora, para trabalhar a concentração, para estimular a competição, para trabalhar o raciocínio, para ensinar emoções, etc.
Por isso, não faltam opções. É claro que um brinquedo pode servir mais do que um propósito. Por exemplo, os puzzles são ótimos exercícios de concentração, mas também podem exercitar a motricidade fina (se as peças ou encaixes forem mais pequenos ou desafiantes) e o raciocínio.
Há opções muito simples em casa, e dou-vos alguns exemplos abaixo.
Coordenação motora fina:
Este é um bom exemplo: fechos éclair colados num cartão ou contraplacado (pode até ser numa mesa Lack do Ikea), que a criança pode abrir e fechar.
Podem intercalar com botões e casas para emparelhar ou cordões e buracos onde os devem passar.
São coisas simples de fazer, que custam pouquíssimo (mesmo que tenham que comprar a cola e os fechos) 🙂
Mais um super simples: tubos de cartão (rolos de papel de cozinha, por exemplo) coloridos, colados à lateral de uma caixa e pompons ou bolas das cores dos tubos.
A ideia é conseguir pôr cada bola colorida a passar pelo tubo da cor correspondente. Pode ser feito com botões, massas pintadas, etc. 🙂 Outras ideias: passar um cordão por macarrões ou ter molas da roupa pintadas de várias cores para encaixar num cartão com essas cores pintadas nas bordas.
Imagens: Pinterest
Se optarem por comprar, têm algumas ideias abaixo. Eu gosto imenso dos jogos da marca Goula, que encontram à venda em lojas como a Fnac e a Didatic.
Imagens: Goula
A marca tem destes jogos para várias idades e a ideia é também irem crescendo em dificuldade conforme eles apreendem estas funções. São todos muito giros e apelativos 😉
Se querer constatar o óbvio, há sempre os intemporais Lego! Comecem com os Lego Duplo e depois avancem, mais tarde, para os Lego Classic, dentro das várias coleções todas que existem. Não falham!
Fantasia e faz de conta:
Aqui, procuramos brinquedos que estimulem o faz de conta e a representação de vários papéis. Podem ser casinhas de brincar (ou partes de casinhas), bonecas, carrinhos e tudo o que possa vir a permitir a criação de cenários mentais e emocionais.
Imagem Continente
No Natal, a nossa Pipoca mais velha recebeu uma cozinha de brincar e alguns “eletrodomésticos” para a compôr: uma cafeteira, uma torradeira e um micro-ondas. Juntamente com os carrinhos e cestinhos de frutas e comidas de brincar que ela já tinha recebido noutras ocasiões, dá para ela fazer a festa e alimentar todos os brinquedos dela 😉 mas quem diz uma cozinha, diz aqueles “Tupperware” que temos guardados, com umas massinhas e uma colher servem para eles serem chefs de palmo e meio!
Aqui também se enquadram brinquedos que imitem a realidade como animais de plástico e os carrinhos (ou outros transportes), e materiais de expressão criativa, como conjuntos de pintura, tintas e lápis, pastas de moldar, giz e ardósia, instrumentos musicais, etc, pois fomentam a criatividade e desenvolvem a imaginação da criança.
Tambem os livros de contos e de atividades contribuem para o estímulo destas funções, assim como os jogos didáticos.
É importante, como em muitas outras situações, pensarmos que os brinquedos não têm género. É perfeitamente aceitável dar uma bola de futebol e carrinhos a uma menina e dar um Nenuco a um menino. Cada criança tem as suas preferências.
Para que a brincadeira seja construtiva, tentemos não gerar frustração. Nós somos adultos, (achamos que) sabemos tudo e é sempre tentador metermo-nos nas atividades. No entanto, devemos respeitar os limites (faixa etária, fase de desenvolvimento) da criança e perceber as suas frustrações. 🙂