Agora, calma. Calma, não daquela super tranquila, mas daquela com modesta preocupação e, sobretudo, com respeito pelo todo. Estamos todos no mesmo barco.
O Estado de Emergência não significa que não podemos respirar, nem que, de repente, todos os serviços vão fechar. Muitos serviços vão fechar ou reduzir horários, com já tem vindo a acontecer nos últimos dias, mas os essenciais continuarão abertos. Ficarão abertos os serviços de saúde, supermercados, farmácias, postos de abastecimento e outros serviços que o Conselho de Ministros entenda serem necessários.
Devemos evitar sair de casa, mas podem ir comprar mantimentos. Façam-no com respeito. Comprem o necessário para alguns dias; deixem também que os outros tenham o que comprar. Tenho visto nas últimas semanas toda uma falta de respeito nos supermercados, que a vergonha alheia dispara. Pensem que, para além de estarem a levar imensa coisa que até corre o risco de se estragar, se levarem o necessário, pois estabelecimentos têm tempo para receber mercadoria e de a repor nas prateleiras.
Comprem online para não terem de sair de casa, e, quando o fizerem, lembrem-se de que muitas mais pessoas também o estão a fazer e que é normal não terem as vossas compras em dois dias. Pensem que podem encomendar agora para daqui a um par de semanas, por exemplo, já que é uma altura em que ainda deveremos estar em isolamento. Até lá, comprem uma vez por semana no comércio local (ou comprem uma vez para 15 dias).
Façam as compras com cabeça; façam contas à vida, porque ficar em casa sai muito caro.
Eu também sou daquelas pessoas que vão enlouquecer até ao fim desta semana, mas espero que não seja a ida as compras o factor decisivo da minha demência.
Mamã, dá licença? 