A (minha) primeira noite fora

Desde que a Pipoca nasceu que ainda não tinha estado uma noite fora, longe dela. Se há dias em que desejo ter “folga de mãe”, momentos houve nestes dias em que só me apetecia sentir a pequena junto a mim.

Doida varrida? Talvez.

Fui quinta e sexta a uma conferência de Marketing Digital em Lisboa, o que fez com que tivesse que sair de madrugada de casa e que só tivesse voltado a entrar casa já era sábado (por 1h, mas era sábado).

Como pais, podemos ficar frequentemente presos à rotina dos mais pequenos e eu sou apologista de a quebrarmos se pudermos. Faz-nos bem sair, ir jantar fora ou até só, se tivermos a possibilidade, deixarmos as crias com alguém e irmos dormir umas horas.

Neste caso em concreto, como o meu marido estava de folga (calhou), fez ele o papel de pai “a tempo inteiro” e tratou da pequenota. Mas fez-me falta sentir o cheiro dela, quando pego nela, e os beijinhos de boa noite. Achei estranho desligar o despertador na sexta e quase adormecer porque não tinha o meu “despertador natural”. Resisti a perguntar ao meu marido as 500 questões que me vinham à cabeça (vá  ela ficou com o pai, que é a melhor pessoa com quem poderia ter ficado), e vi as fotos e vídeos dela a cada par de horas, com a desculpa de mostrar aos amigos.

Outra vez: demasiado doida? 😅

Não, acho que não.

No fim de sexta, estava eu no terminal do aeroporto de Lisboa à espera de um voo que se atrasou 3 horas (o avião foi pela A1, concerteza) e senti saudades da minha filha, daquelas de não conseguir pensar em mais nada. (Desculpa, maridão, também tive saudades tuas, mas as dela batem tudo.)

Não sabia à que horas ia chegar a casa. Só sabia que tinha marcado viagem para ainda ir a tempo de a apanhar a adormecer e dar um beijinho à pequenina e desejar bons sonhos, mas TAP decidiu que assim não seria e que só iria chegar a casa quase 4h depois do previsto. (Antes que perguntem, sim, já levaram com a reclamação em cima.)

Sei que no futuro é possível que mais situações destas surjam, por isso foi bom testar as águas assim e saber que mesmo quando sentimos que queremos folgas de ser pais, temos um coração cheio de amor pelos mais pequenos.

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