Li recentemente uma entrevista de Francisco George, em que dizia que “não vacinar os filhos é como inflingir maus-tratos”.
No nosso país ainda não conheci ninguém que fosse contra a vacinação. Somos um país simples, “de brandos costumes”, e em que normas sociais muitas vezes prevalecem. Vacinar é muito mais do que isso. A vacinação é uma instituição, por si.
O meu dever como mãe é prover tudo o que a minha filha necessite para crescer bem e saudável, em segurança. Isto passa muito pela saúde dela. Ao vaciná-la, estou a dotá-la de defesas que, esperando que até nem sejam necessárias em muitos casos, vão dar independência ao sistema imunitário dela para lutar contra viroses e infeções.
Não vacinar, põe em risco não apenas a minha filha como toda a comunidade em que se insere, começando por nós, os pais.
Quando falo aqui de vacinação, estou até apenas a falar do Plano Nacional de Vacinação. É o mínimo que podemos fazer pelos nossos filhos e, ainda por cima, é gratuito. Não há desculpas.
Tudo isto me lembra o meu parto. Quandoa bebé já estava fora, o obstetra perguntou ao papá se ele queria cortar o cordão umbilical. Ele disse que não, e uma das enfermeiras (de forma simpática, sempre) disse que podia fazê-lo, porque era a primeira ligação do pai à criança.
O meu obstetra riu-se e disse que não faz sentido nenhum; ao que veio acima a questão dos partos “natura”. A frase dele foi “Sabe quando é que se faziam partos assim? Olhe, na Idade Média… e depois morriam as mães e as crianças porque apanhavam infeções no parto”. Com a vacinação é parecido.
Nós, para além das vacinas do PNV, optámos por ainda dar a Rotateq (Rotavírus) e a Bexsero (Meningite B). É um esforço financeiro, mas é outro descanso que temos. Prefiro mil vezes ficar mais apertada durante uns meses porque comprei vacinas e ela nunca adoecer, do que ficar em risco de vida (no caso da meningite é mesmo assim) porque eu achei que as vacinas são obra do demo.
Long live Science.
~a
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