Corria o ano de 2010 quando, após um lanche, a minha cara e os meus braços cobriram-se de urticária. Na altura, pensei que fosse algo pontual, já tinha comido tanta coisa nesse dia, incluindo frutos tropicais, mas não foi. Foram meses a fazer testes e análises, a apontar tudo o que comia e isto constantemente a acontecer-me, até descobrir que era alérgica a maças.
De cada vez que comia maçã – com casca ou sem casca, crua ou cozinhada – a mesma coisa acontecia. Felizmente, um anti-histamínico resolvia rápido e continuei a minha vida, apenas evitando maçãs e alimentos que as contenham. De vez em quando, como a alergia é ligeira, experimento comer um pedaço de maça, mas lá está a urticária novamente.
Durante anos, foi só isso. Até que este ano, no regresso das férias, algo estranho aconteceu.
Estava no supermercado quando, de repente, senti a urticária a começar de forma semelhante, mas mais agreste a quando comia maçã. Fiquei confusa – não tinha comido nada para além de arroz branco e ovos estrelados antes de ir às compras! Mal cheguei a casa, tomei o Zyrtec e passou, mas fiquei inquieta. No que teria tocado? Passados uns dias, a mesma reação aconteceu novamente, mas desta vez percebi: tinha acabado de preparar os pêssegos para os lanches das minhas filhas – e também tinha tocado neles no supermercado.
Pêssegos. Uma fruta que nunca gostei particularmente e que, por isso, raramente comia. Mas que preparava recorrentemente para as minhas filhas sem nunca ter tido problema. Até àquele dia.

Decidi ir ao alergologista, fiz análises ao sangue, e o resultado veio conclusivo: alergia à LTP (Pru p 3) exclusivamente nos pêssegos (nas maçãs já sabíamos).
Foi assim que a minha relação com a alergia à proteína LTP se tornou mais complexa – e me fez perceber que esta é uma alergia que pode evoluir e surpreender-nos. Se nunca ouviram falar desta alergia, não estão sozinhos.
O que é a LTP?
LTP é a sigla em inglês para Lipid Transfer Protein – em português, Proteína de Transferência de Lípidos. Apesar do nome complicado, a explicação é relativamente simples: são proteínas que existem naturalmente nas plantas e têm uma função de defesa. Protegem os vegetais contra bactérias, fungos, frio e outros fatores de stress.
Estas proteínas concentram-se sobretudo na pele, casca e camada externa das frutas, vegetais e frutos secos – é a armadura natural da planta. É por isso que, no caso das frutas, a pele pode ser até sete vezes mais alergénica do que a polpa.
O grande problema? Para algumas pessoas, como eu, o sistema imunitário confunde estas proteínas inofensivas com invasores perigosos e desencadeia uma reação alérgica.
Porque razão é complicada?
A alergia à LTP é considerada uma alergia complexas e “chatinha” de gerir, tanto para quem a tem como para os alergologistas. E há várias razões para isso:
A Evolução Surpreendente da Alergia
Uma das coisas que aprendi com a minha experiência é que a alergia à LTP pode evoluir. Durante 14 anos, a minha única restrição era a maçã, e só ingerida. Comia pêssegos, cerejas, amêndoas, tomate – tudo sem problema. Preparava pêssegos para as minhas filhas, tocava na fruta, cortava-a, e nunca aconteceu nada.
Até que, de repente, o meu corpo decidiu que também ia reagir aos pêssegos. E não por ingestão – por simples contacto com a pele da fruta.
Esta progressão não é rara. Muitas pessoas começam com alergia a um ou dois alimentos e, com o tempo, podem desenvolver sensibilidade a outros. É por isso que o acompanhamento regular com o alergologista é tão importante – para monitorizar estas mudanças e ajustar as recomendações. Eu agora vou ter acompanhamento a cada 6 meses, a menos que algo mude e tenha que antecipar as consultas.
São Super Resistentes
Ao contrário de outras proteínas alergénicas que se degradam com o calor ou a digestão, as LTP são extremamente estáveis. Isto significa que:
- Cozinhar não resolve: mesmo que faça uma compota, um doce ou coza o alimento, a LTP mantém-se ativa
- Resistem aos sucos gástricos: não são destruídas pela digestão
- Mantêm-se em alimentos processados: aparecem em sumos, cervejas, vinhos, conservas…
Estão em Imensos Alimentos
As LTP encontram-se numa enorme variedade de alimentos do reino vegetal:
Frutas da família Rosáceas (as mais problemáticas):
- Pêssego, nectarina, damasco
- Maçã, pera
- Cereja, ameixa
- Morango
- Amêndoa
Outras frutas:
- Citrinos (laranja, limão, tangerina)
- Kiwi, uva
- Melão, melancia
Frutos secos:
- Avelãs, nozes, castanhas
- Amendoim (sim, tecnicamente é uma leguminosa)
- Sementes de girassol
Vegetais e hortaliças:
- Alface, tomate (tecnicamente, uma fruta)
- Espargos, cenoura, aipo
- Couve, brócolos
Cereais:
- Trigo, milho, cevada
Leguminosas:
- Lentilhas, feijão, soja
E ainda… Cannabis
A História dos “Falsos Positivos”
Aqui está uma das partes mais frustrantes: existem muitas LTP diferentes, mas são todas muito parecidas entre si. O resultado? Reatividade cruzada.
Isto significa que podemos ter testes positivos para imensos alimentos, mas na realidade só reagimos a alguns. O nosso corpo “confunde-se” porque as proteínas são semelhantes, mas não causam necessariamente sintomas.
Em Portugal e na região mediterrânica, a LTP do pêssego (Pru p 3) é a mais importante e a que mais frequentemente causa problemas.
Os Misteriosos Cofatores: Quando 1+1 É Mais Que 2
E agora chegamos a uma das partes mais complicadas de controlar, para mim, desta alergia: os cofatores.
Há pessoas que comem um determinado alimento – digamos, uma maçã – e não têm problema nenhum. Mas se comerem essa mesma maçã e logo a seguir fizerem exercício físico, têm uma reação alérgica grave. Porquê?

Os cofatores são fatores que, quando combinados com a ingestão de um alimento com LTP, amplificam ou desencadeiam a reação alérgica. É como se baixassem o limiar necessário para o corpo reagir.
Os Cofatores Mais Comuns:
Exercício físico – O mais frequente! Está presente na maioria dos casos. Pode ser qualquer tipo de atividade: correr, jogar futebol, fazer ginásio, até uma caminhada mais intensa, ou jardinagem.
Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – Medicamentos como ibuprofeno, aspirina, metamizol. Tomar estes medicamentos 2 horas antes ou até 4 horas depois de comer alimentos com LTP pode desencadear reações.
Consumo de álcool – O álcool aumenta a permeabilidade intestinal, facilitando a absorção do alergénio para a corrente sanguínea, e pode elevar os níveis de histamina no organismo. Além disso, algumas bebidas alcoólicas contêm elas próprias LTP – a cerveja, por exemplo, tem LTP dos cereais (cevada, trigo, milho) e há casos documentados de reações anafiláticas causadas especificamente por esta bebida.
Outros cofatores importantes:
- Infeções ou febre
- Menstruação ou alterações hormonais
- Stress intenso
- Falta de sono extrema
Na prática, isto significa que uma pessoa pode comer tranquilamente um pêssego ao almoço em casa, mas ter uma reação grave se comer o mesmo pêssego antes de ir correr.
Como se manifesta esta alergia?
Os sintomas podem variar muito, desde ligeiros a muito graves:
Sintomas locais (mais leves):
- Síndrome de Alergia Oral: formigueiro, comichão ou inchaço nos lábios, boca e garganta
- Urticária de contacto (manchas vermelhas com comichão)
Sintomas mais graves:
- Rinite, conjuntivite
- Asma, dificuldade em respirar
- Vómitos, diarreia, dores abdominais
- Edema da glote (inchaço na garganta)
Anafilaxia: O cenário mais grave. É uma reação generalizada que afeta vários sistemas do corpo e pode ser fatal se não for tratada rapidamente. Os sinais incluem:
- Dificuldade respiratória
- Queda da tensão arterial
- Tonturas ou desmaio
- Palpitações
É fundamental perceber que as reações podem ser imprevisíveis. Uma pessoa pode ter uma reação leve numa ocasião e, noutra vez, com o mesmo alimento, ter uma reação mais grave, especialmente se houver cofatores envolvidos.
Como se faz o diagnóstico?
Se suspeita que tem alergia à LTP – ou a outra coisa qualquer -, o caminho passa sempre por uma consulta de Alergologia. O diagnóstico comummente baseia-se em:
- História clínica detalhada – O médico precisa de saber tudo: que alimentos comeu, quando apareceram os sintomas, o que estava a fazer (exercício? tomou medicamentos?), etc.
- Testes cutâneos (Prick test) – Pequenas picadas na pele com diferentes substâncias para ver a quais reage. Muitas vezes usa-se a técnica “prick-prick” com alimentos frescos.
- Análises ao sangue – Para medir os níveis da LTP e para alimentos específicos.
Um conselho prático: O diário alimentar
Enquanto não têm o vosso diagnóstico, pode ser muito útil manter um diário onde anotam:
- O que comeram
- A que horas
- Que sintomas tiveram (e quando apareceram)
- O que estavam a fazer (repouso, exercício, etc.)
- Que medicamentos tomaram
Este registo pode dar pistas valiosas ao alergologista e acelerar o diagnóstico. No meu caso, com a maçã, foi o que mais me ajudou a descobrir.

Como se vive com esta alergia?
Não vou mentir: receber este diagnóstico pode ser assustador e frustrante. Ver a lista de alimentos potencialmente problemáticos e pensar “mas então o que é que vou comer?” é uma reação absolutamente normal.
Mas há boas notícias: cada caso é único e as recomendações são sempre personalizadas.
Tratamento base: Evitar o que faz mal
O principal tratamento é evitar os alimentos que causam sintomas. Mas atenção:
- Nem todos os alimentos com LTP têm de ser eliminados – só aqueles que efetivamente causam reações
- Algumas frutas podem ser toleradas descascadas – lembrem-se que a LTP está concentrada na pele? Por isso, se toleram a polpa, o médico pode recomendar que continuem a comer a fruta, mas sempre bem descascada
- A lista não é igual para todos – enquanto uma pessoa pode reagir a pêssegos e maçãs, outra pode ter problemas com frutos secos e cereais
O Kit de Emergência
Quem tem alergia à LTP (especialmente se já teve reações graves) deve ter sempre consigo:
- Auto-injetor de adrenalina (Epipen ou similar) – pode salvar vidas em caso de anafilaxia e eu
- Anti-histamínico oral – para reações mais leves
- Corticoide oral – conforme prescrito pelo médico
E é fundamental que familiares, amigos próximos e colegas saibam:
- Que tem esta alergia
- Onde está o kit de emergência
- Como usar o auto-injetor
Existe cura? A Imunoterapia
Na consulta, a médica falou-me de uma vacina que deixou de estar disponível em Portugal, e que funcionava com tratamento que poderia modificar a evolução da doença. No entanto, também ainda não tinha sido utilizada durante tempo suficiente para haver muita informação sobre a eficácia da mesma, nomeadamente sobre o tempo de ação da mesma.
A parte nutricional: Evitar carências
A recomendação acima, para apenas eliminar os alimentos a que efetivamente sou alérgica, também ajuda a que não existam défices nutricionais, especialmente de: vitaminas (especialmente vitamina C, se eliminar frutas) e fibras.
Por isso, pode fazer sentido trabalharem também com um nutricionista que conheça alergias alimentares, especialmente se forem alérgicos a vários alimentos ao mesmo tempo.
Dicas Práticas Para o Dia-a-Dia
Na Cozinha
- Descasquem sempre muito bem as frutas que toleram sem pele
- Lavem bem frutas e vegetais (embora isto não elimine a LTP)
- Cuidado com contaminações cruzadas – se alguém em casa come pêssego, atenção às facas, tábuas e superfícies partilhadas
No Supermercado: A Arte de Ler Rótulos
Quando temos alergia à LTP, ir ao supermercado pode transformar-se numa verdadeira caça ao tesouro – ou melhor, numa caça às armadilhas escondidas. A LTP pode aparecer em produtos onde nunca imaginaríamos, e nem sempre os rótulos são claros. Com as maçãs, aprendi que praticamente todos os sumos de fruta estão excluídos – sendo que tolero os que são à base de concentrados que não sejam apenas de maçã (ex.: sumo multifrutos, ou sumo de manga com concentrado de maçã)
O que procurar nos rótulos:
1. Lista de Ingredientes
Por lei, os alergénios principais devem estar destacados (geralmente a negrito ou sublinhado). No entanto, a LTP não é considerada um alergénio principal, como o glúten ou o leite, por isso as coisas complicam-se.
Procure especificamente por:
- Frutos secos: amendoim, amêndoas, avelãs, nozes, cajus, pistácios
- Frutas: concentrados, sumos, polpas (maçã, pêssego, cereja, morango, etc.)
- Cereais: farinha de trigo, farinha de milho, cevada, malte
- Leguminosas: soja, lentilha, feijão
- Sementes: girassol, sésamo
- Vegetais: tomate (em molhos, ketchup), aipo, cenoura
2. Nomes “Disfarçados”
Alguns ingredientes problemáticos aparecem com nomes diferentes:
- Proteína vegetal hidrolisada – pode conter soja ou trigo
- Lecitina de soja – contém LTP da soja
- Malte ou extrato de malte – vem da cevada
- Óleo de amendoim ou óleo de girassol – embora refinados possam ter menos LTP, não são 100% seguros
- Xarope de glucose – frequentemente derivado de trigo ou milho
3. Produtos “Insuspeitos” Que Podem Conter LTP
Alguns produtos que podem apanhar-nos desprevenidos:
Bebidas:
- Cerveja (cevada, trigo, milho)
- Vinho (pode ter traços de proteínas de uva, embora raras)
- Sumos de fruta (óbvio, mas inclui néctares e bebidas “com sabor a…”)
- Bebidas vegetais (amêndoa, avelã, soja, aveia)
- Chás de frutos
Snacks, aperitivos e molhos:
- Batatas fritas com especiarias (podem ter proteína de levedura, cebola, alho em pó, caril)
- Frutos secos
- Barras de cereais
- Pipocas com sabor
- Tortilhas de milho
- Ketchup (tomate)
Sobremesas e doces:
- Gelados e sorvetes (podem ter frutos secos, frutas, cereais)
- Chocolates (avelãs, amêndoas – sempre verificar!)
- Bolos e bolachas (farinha de trigo, frutos secos)
- Compotas e geleias
- Marmelada
Produtos de padaria:
- Pão (trigo, mas também pode ter sementes, soja)
- Tostas
- Bolachas de água e sal (trigo)
- Croissants (podem ter amêndoa)
Refeições prontas e congelados:
- Pizzas (trigo, tomate, e por vezes frutos secos ou vegetais)
- Lasanhas (trigo, tomate)
- Sopas prontas (múltiplos vegetais, leguminosas)
- Hambúrgueres vegetais (soja, leguminosas, cereais)
Produtos de saúde/desportivos:
- Barras proteicas (frequentemente com amendoim, amêndoas ou soja)
- Batidos/shakes (proteína de soja, amêndoa)
- Suplementos (podem conter extratos vegetais)
4. A Zona Cinzenta: “Pode Conter Vestígios”
Esta frase aparece frequentemente e refere-se ao risco de contaminação cruzada durante a produção. Por exemplo: “Pode conter vestígios de frutos de casca rija”.
O que fazer?
- Se já teve reações graves (anafilaxia), é mais seguro evitar
- Se as suas reações são ligeiras, pode depender da sua tolerância ao risco
- Discutam com o seu alergologista qual a melhor abordagem para o seu caso
5. Produtos Sem Rótulo
Padarias, pastelarias e restaurantes são zonas de maior risco (dependendo sempre da vossa alergia) porque:
- Não há lista de ingredientes
- Há contaminação cruzada (a mesma colher que mexe um doce com amêndoa mexe outro sem amêndoa)
- As receitas podem variar
Regras de ouro:
- Perguntem sempre pelos ingredientes
- Se não tiverem certeza absoluta, não comam
- Expliquem que têm uma alergia alimentar (não é “apenas não gosto”)
- Se optarem por comer, tenham a certeza de que têm a vossa medicação convosco

6. Apps Que Podem Ajudar
Existem algumas aplicações que facilitam a leitura de rótulos:
- My Food Facts – Permite registar os alergénios e fazer scan de códigos de barras
- Yuka – Analisa ingredientes (embora focado mais em nutrição)
- CodeCheck – Identifica ingredientes potencialmente problemáticos
Nota importante: Nenhuma app substitui a leitura cuidadosa do rótulo, mas podem ser auxiliares úteis.
7. Dicas Práticas
No supermercado:
- Habituem-se a ler SEMPRE os rótulos, mesmo produtos que já compraram antes (as formulações podem mudar)
- Se têm dúvidas, fotografe o rótulo e perguntem ao médico/nutricionista
- Privilegiem produtos simples com poucos ingredientes
- Cuidado com promoções de produtos novos/diferentes do vosso habitual
Em casa:
- Guardem embalagens de produtos seguros para referência futura (ou fotografem)
- Criem uma lista mental (ou física) dos produtos “testados e aprovados”
- Se experimentarem algo novo, faça-o num momento calmo, em casa, com medicação à mão. Nunca em viagem, por exemplo.
Uma realidade: Sim, ler rótulos dá trabalho e faz com que as compras demorem mais tempo. Mas com a prática, torna-se mais rápido. Começamos a conhecer as marcas de confiança, os produtos seguros, e o processo fica mais automático.
E lembrem-se: não estão a ser “chatos” ou “exagerados” ao ler todos os rótulos. Estão a cuidar da vossa saúde, e isso é sempre prioridade.
Fora de Casa
- Comuniquem que têm alergia alimentar em restaurantes
- Perguntem pelos ingredientes e como são preparados os pratos
- Levem o kit de emergência sempre convosco
- Evitem buffets onde há grande risco de contaminação cruzada
Viagens
- Levem medicação suficiente (e alguma extra)
- Tenham os nomes dos medicamentos em inglês (ou na língua local)
- Saibam dizer “sou alérgico a…” na língua do país
- Identifiquem os hospitais mais próximos do local onde vai ficar
A Parte Emocional
Viver com uma alergia alimentar complexa como a LTP pode ser emocionalmente exigente. É normal sentirem:
- Frustração – “não é justo, adoro maçãs!”
- Ansiedade – “e se como algo sem saber que tem LTP?”
- Isolamento social – recusar convites por medo, sentir-se “diferente”
- Cansaço – ter de estar sempre alerta é exaustivo
Algumas coisas que podem ajudar:
- Partilhem os vossos sentimentos com pessoas de confiança
- Procurem comunidades (online ou presenciais) de pessoas com alergias alimentares – perceber que não estão sozinhos pode ajudar imenso
- Foquem-se no que PODEM comer, não no que não podem
- Considerem apoio psicológico se sentirem que a ansiedade está a afetar muito a vossa qualidade de vida
- Celebrem as pequenas vitórias – encontrar um restaurante seguro, descobrir um novo alimento que tolera, gerir bem uma situação potencialmente stressante
Recursos Úteis
Aqui ficam alguns links que podem ser úteis:
- SPAIC – Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica – Informação fiável sobre alergias e lista de especialistas
- SEIAC – Sociedade Espanhola de Alergologia – Muita informação sobre alergia à LTP (em espanhol)
- Allergen Encyclopedia – Base de dados sobre alergénios
Palavras Finais
A alergia à LTP é complexa, mas não é uma sentença de prisão alimentar. Com o acompanhamento médico adequado, conhecimento e algumas adaptações, é perfeitamente possível ter uma vida normal, saudável e feliz.
Cada pessoa é única, cada caso é único. Não vou comparar a minha experiência com a de outros – o que funciona para um pode não funcionar para outro, e vice-versa.
Se suspeitam que têm esta alergia, procurem um alergologista. Quanto mais cedo tiverem um diagnóstico claro e um plano personalizado, melhor conseguirão gerir a situação.
E lembrem-se: não estão sozinhos nisto. Há muitas pessoas a viver com esta alergia e, com os cuidados certos, todas elas têm vidas plenas e felizes.
Nota: Este artigo tem fins meramente informativos e não substitui uma consulta médica. Se tem sintomas de alergia alimentar, consulte um alergologista. As imagens foram geradas com recurso a Inteligência Artificial.
Têm experiência com alergia à LTP? Partilhem nos comentários – a vossa história pode ajudar outras pessoas que estão a passar pelo mesmo! 😌
