Neste “quarentena” vou…

(Começo por explicar as aspas em “quarentena”: apesar de estamos em chamado distanciamento social, é verdade que o sentimento de reclusão é tal que nos sentimos em quarentena. Assim, vou passar a utilizar este termo de vez em quando.)

Neste post, vamos falar de teletrabalho, dos miúdos e de comida. 😎

Nesta altura em que já a maioria dos portugueses está em casa há vários dias, cumprindo teletrabalho ou com outro regime de sustento, diria que já passou pela cabeça de grande parte às tarefas que querem ou gostariam de fazer agora, em casa.

Eu não fiz nenhuma lista, pois o mais claro para mim seria uma lista de tarefas básicas. É lógico que gostaria de destralhar e de reorganizar algumas divisões, mas sinto que me falta ainda mais o básico agora do que antes. Dois pais em teletrabalho, com duas miudas pequenas, têm que se desdobrar para fazer as tarefas mais simples. Confesso que já estou cansada de tanta refeição cozinhada e que só o facto de ter conseguido mudar a cama me deixou feliz.

Antes, fruto do horário reduzido, saía do trabalho às 16h, corria até casa e despachava algumas coisas numa hora e pouco e depois ia buscar as miúdas à escola. Aquela hora e tal podia ser trabalho doméstico, mas era silenciosa e produtiva.

Falemos sobre o teletrabalho.

Eu não sei como é convosco, mas desde que estou a trabalhar a partir de casa (comecei a 12 de Março) que tive apenas duas reuniões: uma com a equipa na segunda (15 de Março) de 10 minutos e outra esta semana para a minha avaliação. Sinto que ando ao abandono, apesar da minha função poder ser desempenhada a partir de casa sem problema; serei a única? 🤷‍♀️ Não digo que precise de reuniões diárias, mas uma das boas práticas para o teletrabalho é manter o contacto entre os membros das equipas como um todo. Acho que é algo que varia pelas empresas e pelos tipos de trabalho, mas sinto a falta de contacto com os colegas.

E falemos dos miúdos.

A Pipoca mais velha pede para ir ao parque todos os dias. E todos os dias explico que não podemos ir ao parque, porque está fechado e porquê, e digo logo outra coisa que vamos fazer para a animar.

Já pintámos com as tintas e com o giz, já fizemos colagens, utilizámos as caixas dos ovos para fazer barcos e flores, pintámos com os lápis e marcadores (Isto é diário) e colámos autocolantes. Também é habitual mexermos na plasticina.

Parece muita coisa e ao mesmo tempo pouca para encher os dias. Mesmo para nós os dias acabam por ser todos muito iguais. E, nisto, eu que pensava que os telejornais eram sempre arroz, agora são um momento lúdico, em pausa dos desenhos animados.

Gostava de acompanhar algumas novas séries, agora que as que vejo vão terminar. Estou a ver The Outsider, um episódio longe a longe, mas há outras que gostava de seguir e que ainda não tive a oportunidade. São elas, por exemplo, Miracle Workers e Good Omens. A paciência escasseia, a disposição não é a melhor e estes são sinais de que tenho que fazer algo para melhorar a qualidade destas longas semanas.

As incursões culinárias.

Neste momento, foco-me em tentar cozinhar com variedade. Desde que esta quarentena começou que fui uma vez ao supermercado. Tentei trazer o suficiente para 2 semanas, sem exageros, e já com alguns pratos pensados. Tentei antecipar pratos que rendessem para duas ou três refeições ou sujas sobras pudesse aproveitar num novo prato.

Depois do que vi no supermercado na semana antes da quarentena, com pessoal a açambarcar tudo o que havia no talho (e no resto do supermercado, menos nas frutas 🤷‍♀️), tive ainda mais consciência do que estava a trazer quando fui às compras. Entretanto, já fiz uma encomenda Online para completar um pouco as reservas durante a próxima semana. Para ajudar, tenho uma lista de refeições na porta do frigorífico. Quando faço uma, marco lá e assim tenho mais noção daquilo que já gastei e do que devo gastar.

O papá faz anos nos próximos dias, por isso vou fazer um bolo (alguém tem ideias?) e a famosa receita do Pãodemia da Filipa Gomes. 😁❤️

Dou um agradecimento especial aos que trabalham fora de casa porque não têm opção, principalmente aos que nos podem vir a salvar a vida um dia. Ainda assim, há quem ainda não tenha percebido que não estamos em época de férias nem em altura para passeatas. É sair de casa para o básico e imprescindível. Supermercado, farmácia, ir ao contentor ou passear o cão e voltar. #euficoemcasa

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