Chegou o dia. Ou se adora, ou se odeia. Eis o dia da fotografia no infantário. No ano passado tivemos, pela primeira vez, esta experiência e correu bem. Eu estava tão noutra onda que foi o pai que vestiu a Pipoca mais velha nesse dia. Ela portou-se lindamente e quando as fotografias chegaram nós ficámos babados. Doidos. Loucos com uma fotografia tão lindas.
Este ano, é a dobrar, mas isso não me preocupa. Arranjei um conjuntinho fofo e giríssimo para a Pipoca mais nova e deixei a mais velha nas mãos de Deus – bem, não de Deus, porque sou ateia, mas do “salve-se quem puder”.
São os 2 anos. São as birras. Ora se está bem, ora se grita sabe-se lá porquê.
E foi exatamente isto. Foi chegar ao infantário e saber que a mais nova esteve lindamente (é bebé, não foge nem grita porque sim), e depois começou a saga. Tentaram tirar uma fotografia das duas. Tentaram várias vezes. Amanhã vão tentar outra vez. Acreditem que não foi por causa da mais nova que não conseguiram.
Não houve foto das duas nem sequer da Pipoca mais velha sozinha. A criança que no ano passado foi exemplar, hoje é a que me entristece todos os dias.
Assim naquela de quem não nos quer dar esperanças, já nos disseram que amanhã o fotógrafo vai tentar novamente, e, se não conseguir, regressará um dia na próxima semana e essa será a última oportunidade.
Eu já nem sei o que quero. Não me estranhem, não é pela fotografia. É por ter tido um fim-de-semana da treta em que só me apetecia desfazê-la pelas coisas mais básicas. É por hoje ser segunda e eu passar o tempo desde sexta ao fim do dia a contar as horas para ser segunda outra vez. É pela exaustão que os dias me causam e por ver nas minhas fotografias os 10 anos que ganhei em meses.