Ser Mãe é toda uma nova vida, e concordo plenamente que com cada bebé nasce uma mãe. Mas aqui não nos esqueçamos do valor do Pai. Quando nasce uma Mãe, nasce também um Pai, muitas vezes muito mais contido do que que devia porque tem que lidar com a nova rotina do bebé e com as dificuldades da mãe.
Os primeiros dias da nossa filhota foram de muito trabalho para o papá, que tratou de tudo durante quase um mês. Os meus dias eram amamentar, tomar banho e descansar.
Nos meses seguintes, senti que para mim era um peso insuportável e que a responsabilidade era muito desequilibrada. Ao mesmo tempo, consegui ver que, para o pai, é muito injusto voltar ao trabalho a tempo inteiro, deixando a mãe o dia todo sozinha (perdemos sanidade por mais que amemos os nossos filhos!) e não conseguindo participar tanto na formação deste ser humano incrível que é mais do que a soma dos dois.
Assim, é normal que, no caso do pai fazer a licença partilhada com a mãe, haja uma diferença muito grande quando a licença dele começa. O pai, habituado à rotina – e ainda que ajudando ao máximo em casa – não está acostumado a “viver bebé” durante 24 horas, nem o bebé está habituado aos seus modos e formas de fazer as coisas. Em 30 dias, tem que haver um jogo rápido de habituação (principalmente do pai, claro) para conseguir apanhar o trabalho onde a mãe o deixou e continuá-lo sem perder a sanidade nem entristecer.
Por, papás desde mundo, estou convosco! Por licenças mais juntas para os pais – pelo menos com o regresso em 6 horas, como as mães – e pelo relevo da vossa posição! 🙂
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