Há cerca de uma semana, caiu-nos um melro bebé no pátio. A casa ao lado da nossa tem o que podemos chamar de “uma floresta ao abandono” e há alguns pássaros que fazem lá os seus ninhos.
Como estávamos a regar as plantas, o pequenote, para além de desorientado, ainda ficou encharcado. Não conseguia voar e ficámos na dúvida se seria por não saber ainda – ele tentava – ou se por estar molhado, ou magoado. Conseguimos apanhá-lo, para o tirarmos do meio da zona molhada e percebemos que não estaria magoado, por isso seria uma das outras duas opções.
Sem sabermos bem o que fazer, secámos o pequenote e deixamos que ele se acalmasse e daí a ser batizado de Peninhas pela Pipoca mais crescida foi um instantinho. O pequenote passou a noite na transportadora dos nossos gatos e, no dia seguinte, já seco e mais relaxado, foi libertado onde tinha aparecido. No dia seguinte, ainda o vimos na nossa macieira, em cima, prova de que conseguiu voar, e, mais tarde nesse dia, já lá não estava.
Claro que, a partir do momento em que vê um animal, a Pipoca afeiçoa-se e, durante estas horas em que esteve connosco, andou sempre curiosa e preocupada com ele. Nós explicámos logo que não era um animal de casa, que tinha só que descansar e secar para depois poder voltar à natureza. Tudo isto foi bem aceite e compreendido, mas, claro, as saudades ficaram. 😅
Há umas noites, já na hora de dormir,a Pipoca disse que estava com saudades dele, que gostava de saber se ele nos vai visitar ou não, e até chorou um pouquinho. No encadeamento do que falei no artigo anterior, aproveitámos para partilhar, para “desmembrar” essas emoções e para serenar o coração dela.

Fica tudo bem. ✨
