Está fácil, este confinamento 😜

Não, não está. Mas não está tão critico como o do ano passado. Há quase um ano, andávamos todos como se fôssemos galinhas sem cabeça.

Do nada (ou em poucos dias), passámos de estar a trabalhar num escritório cheio de gente, com a nossa vida minimamente organizada, para virmos para casa e passarmos a estar 24 sobre 24 horas no mesmo espaço.

Senti mesmo que o trabalho invadiu a minha casa. Não tinha sequer uma secretária para trabalhar, estávamos dois adultos a trabalhar a mesma mesa em que fazemos as refeições, com chamadas atrás e de chamadas, e duas miúdas (na altura com 10 meses e 2 anos e meio) que perderam grande parte da sua rotina. Dificilmente me senti tão incapaz como nesses meses.

Foto de Trang Doan Pexels.com

Entretanto elas voltaram ao infantário e Maio, quando reabriu, o pai voltou a trabalhar fora de casa, e eu fiquei no meu canto, que entretanto passou a ser uma secretária no nosso quarto. Mesmo com os meses a passar, não me habituei logo a estar em casa. Ter o canto de trabalho no quarto ajuda, mas não me separa a vida do trabalho do resto. Também houve coisas melhores: dá para tomar o pequeno-almoço à mesa com o meu marido, e com bom tempo dá para fazer almoço na varanda, por exemplo. Por outro lado, quando chove como há uns 3 ou 4 dias, não tenho que ir para a rua.

Foto de Rachel Claire Pexels.com

Isto agora, com as miúdas em casa, torna-se mais difícil. O Pai tem mais tempo para estar com elas, mas fazer de babysitter o dia todo não é fácil – mesmo quando são os nossos filhos 😬

A Pipoca mais velha entretém-se bem; a mais nova não está ainda nessa fase. Ambas precisam de estímulos diferentes e de acompanhamento total. Surgem-nos todas as questões possíveis. Vamos conseguir inventar coisas para fazer com elas? Vamos o conseguir dar-lhes o estímulo físico necessário? (pensamos isto enquanto olhamos lá para fora e chove, e nem sequer dá para as levarmos ao pátio para mudarem de ares)

Sim, somos poços de preocupações, somos pais, é normal. 🤱 A mais velha já de queixa de que quer ir para a escola; a mais nova faz uma birra de cada vez que vê comida e nao a deixamos comer. Nós, mais rapidamente do que desejaríamos, vamos perdendo a paciência, e, a certa altura já sabemos que não estamos a ser boa companhia nem a dar o tratamento que deveríamos. Depois disto até sermos uma caixa de remorsos em cima do stress é um instantinho.

As partilhas que faço na página ou no Pinterest ajudam também quem está deste lado. 😍 Sinto que preciso de outro foco, de um escape que tarda em chegar. Por isso, estou a tentar encontrar algum ponto de referência para me nortear, e trabalhar sobre isso. Fiquem desse lado.

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